Conheça os principais sintomas da mononucleose
A mononucleose é uma virose que não costuma causar grandes complicações aos pacientes. No entanto, por ser uma doença transmissível, é fundamental que a pessoa fique atenta aos principais sintomas da doença para procurar o médico e receber orientação e diagnóstico adequados.
Por saber que há festividades do ano que podem aumentar o número de casos, criamos este conteúdo para esclarecer as principais dúvidas sobre a mononucleose infecciosa. Aqui, você verá como a doença é transmitida, os principais sintomas, qual o tratamento e os principais meios de diagnóstico.
Boa leitura!
O que é a mononucleose?
Também conhecida como “doença do beijo”, a mononucleose infecciosa é uma doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB). A condição acomete, principalmente, adolescentes e jovens adultos, causando sintomas como febre, dor de garganta e aumento dos gânglios
É estimado que em torno de 90% da população adulta tenha contato com o vírus em alguma fase da vida. Porém, a maioria das pessoas hospeda o patógeno sem manifestar sintomas. Quem desenvolve a doença pode ficar afastado de suas atividades por cerca de 2 semanas ou mais, mas raramente a mononucleose deixa sequelas duradouras ou complicações graves.
O que a mononucleose pode causar?
Na maioria dos casos, a mononucleose é assintomática. Isso é ainda mais comum quando a pessoa é infectada pelo vírus quando criança, apresentando poucos ou nenhum sintomas, o que faz a doença passar despercebida. Estima-se que 50% das crianças tenham sido infectadas pelo VEB até os 5 anos de idade.
Caso a pessoa seja exposta ao vírus quando jovem, especialmente entre os 15 e 25 anos, há mais chances de desenvolver sintomas, embora a maioria dos infectados permaneça assintomático. As principais manifestações são:
Febre
Em geral, a febre em jovens com mononucleose infecciosa atinge entre 38º e 39º, raramente chegando a 40ºC. A febre pode durar em torno de 5 dias ou, então, se prolongar por mais de uma semana.
Faringite
É muito comum que a pessoa com mononucleose tenha inflamação na faringe, causando dor de garganta, que pode ser intensa ou prolongada. Também pode ocorrer a formação de placas brancas na garganta do paciente.
Adenopatia (aumento dos gânglios)
A inflamação dos gânglios linfáticos é outro sintoma muito frequente em pessoas com mononucleose. Esse quadro pode provocar íngua no pescoço ou inchaço nas axilas, onde se localizam os linfonodos mais atingidos pela doença.
Essa é a tríade de sintomas mais prevalentes da mononucleose infecciosa, mas a doença também pode causar quadros de:
- Fadiga, que pode durar várias semanas.
- Tosse.
- Aumento do tamanho do baço – em casos raros, pode causar ruptura desse órgão.
- Inflamação do fígado (hepatite).
- Complicações hematológicas, como diminuição das plaquetas ou anemia hemolítica.
- Complicações neurológicas, como encefalite, meningite e Síndrome de Guillain-Barré.
Esses quadros mais agressivos são raros, sendo mais comuns que os sintomas de mononucleose regridem naturalmente em poucas semanas. Pessoas com alterações da defesa, como por exemplo HIV/aids e pessoas submetidas a transplantes, apresentam maior risco de desenvolver alguns tumores associados com a presença do EBV.
Quais são as formas de transmissão?
O nome “doença do beijo” explica como essa doença pode ser transmitida, afinal, o contato com a saliva é a principal forma de transmissão do vírus causador da mononucleose. Entretanto, esse não é o único meio de contágio.
O contato com gotículas respiratórias da pessoa infectada pode transmitir o vírus. Isso ocorre, por exemplo, através da tosse, do espirro, ou mesmo da fala, entre indivíduos próximos. Compartilhamento de copos, canudos, talheres e demais utensílios de alimentação também são uma forma de transmitir o EBV.
Em bebês e crianças, o fato de elas levarem objetos à boca, trocarem objetos pessoais entre si e ficarem aglomeradas em creches e escolas constitui as formas mais comuns de contágio. Contudo, como mencionado, crianças tendem a desenvolver formas mais leves de mononucleose em relação aos adultos.
Também é possível, embora bastante raro, a transmissão por transfusão de sangue e a transmissão da gestante para o feto.
Quais são as formas de prevenção?
A mononucleose é uma doença muito difícil de prevenir, tendo em vista a facilidade do contágio. Isso porque o vírus EBV pode persistir na saliva durante muitas semanas e, desta forma, pode infectar outras pessoas.
Estima-se que 90% dos adultos sejam soropositivos para o vírus Epstein-Barr e que 95% da transmissão ocorra com pessoas assintomáticas. Como não existe uma vacina contra o vírus EBV, ainda não há uma forma efetiva de prevenção contra a mononucleose.
Entretanto, alguns hábitos podem ajudar. Veja a seguir as principais boas práticas de higiene, que ajudam na prevenção de doenças virais em geral:
- Lavar as mãos.
- Evitar compartilhar objetos pessoais.
- Não levar as mãos ao nariz e à boca.
- Cobrir a boca ao tossir ou espirrar
Além disso, estar com o sistema imunológico fortalecido ajuda a evitar complicações relacionadas à mononucleose e a outras doenças virais. Para isso, é muito importante manter hábitos de vida saudáveis, como:
- Alimentação equilibrada.
- Prática regular de exercícios físicos.
- Rotina de sono suficiente.
Como tratar a mononucleose?
Assim como ocorre em diversas doenças virais, não existe um tratamento específico para a mononucleose. A recomendação é que o paciente fique em repouso e tome bastante líquidos até que os sintomas diminuam naturalmente.
Em alguns casos, o médico pode receitar remédios para o alívio dos sintomas, como antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos. Corticoides também podem ser administrados para tratar determinadas complicações da doença.
A necessidade de repouso depende da intensidade dos sintomas. De modo geral, o repouso está indicado apenas durante a fase febril. Embora raro, algumas pessoas podem apresentar um aumento importante do baço. Se a pessoa for atleta ou trabalhador braçal, pode ser necessário o afastamento por período mais prolongado, para reduzir o risco de ruptura do baço, embora isso seja um evento muito raro.
A fase aguda da mononucleose dura cerca de 2 semanas. Entretanto, sintomas como fadiga podem permanecer por mais tempo, até o paciente se recuperar totalmente.
Como é feito o diagnóstico?
A primeira etapa consiste na avaliação clínica, ou seja, a análise do médico sobre os sintomas associados com o exame da garganta, investigação da presença de gânglios, etc. No entanto, essa avaliação pode ser insuficiente, visto que as manifestações do vírus da mononucleose, podem ser confundidas com outras infecções tais como; citomegalovírus, infecção recente pelo HIV, toxoplasmose, etc
Dessa forma, exames laboratoriais podem ser necessários para elucidar o diagnóstico. Exames laboratoriais para diagnóstico da mononucleose podem ser realizados nas unidades do Laboratório Padrão. Confira os exames mais comuns:
Hemograma
Um aumento do número de linfócitos com forma anormal (chamados de linfócitos atípicos) na vigência de quadro febril é sugestivo de mononucleose, embora isso possa ocorrer em outras infecções virais e também em doenças não infecciosas. Na mononucleose essa alteração do hemograma atinge o pico por volta da 2ª semana da doença.
Monoteste
Esse exame detecta a presença de anticorpos heterófilos, os quais podem ser produzidos em resposta à infecção pelo vírus Epstein-Barr. O resultado de Monoteste negativo não descarta o diagnóstico de mononucleose, especialmente em crianças abaixo de 5 anos.
Em adolescentes e adultos esse exame tem melhor desempenho, especialmente quando colhido após a 1ª semana da doença.
Teste de anticorpos específicos EBV
Esse método diagnóstico é mais sensível e específico que o anterior, com capacidade de detectar a presença de anticorpos produzidos especificamente contra o EBV. A combinação de exames sorológicos permite estimar se a infecção é recente ou se ocorreu há mais tempo.
Epstein Barr, PCR
A técnica PCR é a mais sensível e específica, identificando o material genético do vírus no sangue do paciente. Está indicada, principalmente, para diagnóstico de infecção pelo Epstein Barr vírus em pessoas que receberam transplantes.
Além de disponibilizar os principais testes diagnósticos de mononucleose infecciosa, o Laboratório Padrão também possui um serviço completo de vacinas e exames de imagem. Você ainda pode solicitar atendimento móvel em uma série de procedimentos, com agendamento e resultados de exames totalmente online. Faça seu check-up e cuide de sua saúde e bem-estar no Laboratório Padrão.
Aqui, sua saúde é nossa prioridade.