Quimioterapia: quais os efeitos, tipos e como é feita
A quimioterapia é um método de tratamento indicado para o câncer, considerada uma das formas mais adotadas pela medicina moderna. Basicamente, o procedimento utiliza diversos medicamentos para destruir células doentes que formam os tumores.
Embora seja um procedimento muito comum durante os tratamentos em pacientes oncológicos, é um tema que desperta muitas dúvidas — especialmente sobre como tudo funciona e os possíveis efeitos colaterais que podem surgir durante o processo.
No post de hoje, você irá entender o que é a quimioterapia, como o tratamento funciona e seus principais tipos. Continue lendo e veja também quais são os efeitos colaterais mais comuns e muito mais sobre esse importante procedimento!
O que é a quimioterapia?
A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para combater tumores, ou seja, células cancerígenas. Sendo assim, são administrados diferentes tipos de medicamentos para destruir o tumor e evitar que se espalhe pelo organismo.
Desse modo, o tratamento por quimioterapia tem diferentes objetivos, por exemplo:
- Curativo: Tem foco em erradicar o tumor.
- Controle da doença: Impede que o tumor cresça e mantém o controle.
- Paliativo: Quando o tumor está em estágio avançado e o foco é proporcionar qualidade de vida ao paciente.
Nesse contexto, é um tratamento intenso e relevante para pacientes oncológicos e, também, pode ser indicado para doenças autoimunes e para evitar rejeição em casos de transplantes. O procedimento existe em diferentes tipos, de acordo com o quadro de cada paciente.
Quais são os tipos de quimioterapia?
O tratamento quimioterápico pode acontecer em diferentes formas, com medicamentos diversificados e até combinados com outros procedimentos. O tipo que será adotado em um paciente depende diretamente do estágio da doença e do quadro de saúde.
Veja a seguir quais são os tipos de quimioterapia utilizados na oncologia.
Quimioterapia adjuvante
A quimioterapia adjuvante é aquela realizada após um procedimento cirúrgico, para destruir células cancerígenas remanescentes. O método busca eliminar células que não foram removidas nem são notadas nos exames, a fim de evitar que a doença se desenvolva novamente.
Quimioterapia neoadjuvante
A quimioterapia neoadjuvante é um tratamento feito antes de uma cirurgia ou da radioterapia. Nesse caso, o objetivo é reduzir o tamanho de um tumor e facilitar a realização dos demais procedimentos, para elevar as chances de sucesso.
Quimioterapia exclusiva
Como o próprio nome sugere, a quimioterapia exclusiva é quando o tratamento é o único a ser realizado em um paciente. Sendo assim, busca combater o câncer apenas com a administração dos medicamentos aplicados de diferentes formas.
Quimioterapia combinada
A quimioterapia combinada é quando o tratamento do câncer acontece em conjunto com outros procedimentos, como a radioterapia. Trata-se de um método que geralmente administra doses mais baixas de medicamentos, pois não é a única vertente utilizada.
Quais são as formas de aplicação da quimioterapia?
A administração dos medicamentos utilizados na quimioterapia é aplicada de maneiras diferentes no paciente. Cada método é definido após a avaliação do quadro do paciente e do estágio da doença, com vistas a alcançar o máximo de eficiência possível.
Nesse sentido, as principais formas de aplicação da quimioterapia são:
- Via oral: tanto em comprimido, cápsulas ou líquidos, com a possibilidade de tomar em casa.
- Intravenosa: os medicamentos são aplicados diretamente na veia do paciente.
- Intramuscular: os medicamentos são aplicados por meio de injeções no músculo.
- Subcutânea: a aplicação dos medicamentos é feita por uma injeção no tecido gorduroso acima do músculo, logo abaixo da pele.
- Intratecal: é a aplicação mais rara e consiste na injeção do medicamento no líquido da espinha.
O tratamento por quimioterapia pode variar bastante de pessoa para pessoa, por isso, nem sempre são os mesmos medicamentos e as formas de aplicação. Além disso, o paciente pode precisar ficar internado para o procedimento ou administrar em casa.
Quanto tempo dura o tratamento quimioterápico?
De forma geral, o tratamento por quimioterapia pode durar algumas semanas, com aplicações em intervalos — que podem ser de 21 dias, 15 dias ou 1 semana, dependendo do tipo de tumor, do estágio e do quadro dos pacientes.
O tempo de duração e a frequência do tratamento são estabelecidos pelo médico de acordo com o tumor e os medicamentos que serão administrados. Além disso, a forma como o organismo do paciente responde à quimioterapia também é levada em consideração.
Outros aspectos que são considerados pelos profissionais da saúde ao realizar a prescrição da quimioterapia e que podem influenciar na duração são os seguintes:
- Idade do paciente.
- Quadro de saúde geral do paciente.
- Doenças hepáticas, cardíacas ou renais.
- Os tratamentos oncológicos realizados anteriormente.
- Exames realizados no tumor.
Com base na análise criteriosa de todos esses fatores, os médicos estabelecem o tipo e os ciclos necessários para o tratamento quimioterápico. Por essa razão, é uma abordagem que ocorre de maneira individualizada, diferente para cada paciente.
Quais são os efeitos colaterais da quimioterapia?
Durante a quimioterapia, é possível que alguns efeitos colaterais indesejados sejam desencadeados. A manifestação desses sinais pode variar de paciente para paciente, e a intensidade depende diretamente do quadro de saúde e estágio da doença.
Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, os possíveis efeitos colaterais da quimioterapia são os seguintes:
- Alterações da pele e das unhas.
- Alterações na libido.
- Alterações no humor.
- Anemia.
- Cansaço excessivo.
- Diarreia.
- Hematomas.
- Hemorragia.
- Infertilidade.
- Inflamações na boca.
- Náuseas e vômitos.
- Perda de apetite.
- Perda de peso aparente.
- Problemas neurológicos e musculares.
- Problemas renais.
Além desses sinais, a quimioterapia pode levar à perda de cabelos total ou parcial, que volta a crescer novamente com o final do processo. Trata-se de um dos efeitos colaterais mais temidos pelos pacientes e, muitas vezes, é preciso ter acompanhamento psicológico de perto para auxiliar no entendimento do processo.
Alguns efeitos colaterais desaparecem logo após o fim do tratamento, porém, outros podem ser de longo prazo e demorar para desaparecer. O acompanhamento médico constante é indispensável para monitorar o quadro de saúde e evitar complicações.
Sendo assim, em caso de febre alta, hemorragias, reações alérgicas, dor fora do normal e outros sinais mais severos, é necessário procurar o médico imediatamente, para passar por uma avaliação e identificar possíveis causas para o tratamento apropriado.
Por que a quimioterapia é realizada em ciclos?
O tratamento quimioterápico acontece em ciclos, com aplicações regulares em determinados espaços de tempo. Desse modo, o medicamento combate às células cancerígenas, para eliminá-las do organismo e evitar a progressão da doença.
Esses ciclos são essenciais, uma vez que a repetição do tratamento contribui para evitar a metástase, que é quando o câncer se espalha no organismo. Ou seja, é uma forma para elevar as chances de cura e impedir a reincidência do tumor.
Os ciclos da quimioterapia são importantes também para dar tempo às células normais, que podem se recuperar dos efeitos colaterais. Isso permite que o corpo reaja melhor ao tratamento e o paciente tenha melhores chances de se curar.
O câncer é uma doença grave, por esse motivo, é alvo de diversas campanhas para elevar o conhecimento sobre os métodos preventivos e a importância do diagnóstico precoce — como o Novembro Azul, Outubro Rosa, entre outras.
Ter um atendimento oncológico de qualidade e fazer exames com métodos modernos é essencial tanto para a prevenção quanto para quem precisa de tratamento. Lembre-se que a saúde deve ser uma prioridade e, nesse caso, merece atenção especial.
Como se pode notar, a quimioterapia é um tratamento muito importante para pacientes oncológicos e contribui para o alívio dos sintomas e a cura da doença. Um procedimento que existe em tipos diferentes e que é conduzido por médicos especialistas, conforme o quadro.
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