Tipos de herpes: conheça os sintomas, a prevenção e o tratamento das principais doenças
Existem vários tipos de herpes reconhecidas pela medicina, o que gera dúvidas em muitos pacientes. Afinal, existe vacina para todas elas? Ou só para algumas? Quais são os sintomas, tratamentos, prevenções e possíveis complicações dessa doença?
Para responder a essas perguntas, elaboramos este conteúdo sobre os principais tipos de herpes que acometem a população brasileira. Siga conosco e saiba como agir para evitar e tratar as doenças relacionadas aos vírus da herpes.
Boa leitura!
Principais tipos de herpes
A família dos herpes vírus, que infectam humanos, é composta por 8 variedades. Entre elas, se destacam pela prevalência e semelhança de sintomas:
- Herpes-vírus simples tipo 1 (HSV-1),
- Herpes simples tipo 2 (HSV-2)
- Herpes tipo 3, mais conhecido como o vírus varicela-zóster (VVZ), causador da varicela (ou catapora) e do herpes zoster.
Esses 3 tipos de herpes causam feridas pelo corpo, geralmente na forma de vesículas ou pequenas bolhas, em diferentes regiões do corpo. Tais vírus são muito contagiosos, o que os tornam bastante comuns na população brasileira. Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia publicadas no PRÓ-SAÚDE, cerca de 90% dos cidadãos do país já foram contaminados com algum desses vírus, em algum momento.
Na maioria dos casos, a infecção pelo herpes simples é assintomática, o que contribui para a disseminação desse vírus. Conforme publicação do Ministério da Saúde, entre 13% e 37% das pessoas infectadas não desenvolvem sintomas.
Veja, a seguir, mais informações sobre os 3 tipos de herpes mais comuns:
Herpes Tipo 1 (herpes labial)
A infecção pelo herpes vírus tipo 1 tem como principais sintomas pequenas feridas na região perioral, isto é, ao redor dos lábios. O vírus também pode provocar lesões na boca ou no rosto do indivíduo e, em pacientes que têm o primeiro contato com o patógeno, causar febre e dor de cabeça.
Em geral, a herpes labial se manifesta por pequenas bolhas preenchidas por um líquido na região afetada, as quais podem ser acompanhadas de dor, sensação de queimação e coceira. Tais bolhas podem se romper e deixar pequenas feridas que demoram cerca de 2 semanas para cicatrizar.
Transmissão
O HSV-1 é transmitido, principalmente, pelo contato com a secreção oral de uma pessoa infectada (de perdigotos a saliva), compartilhamento de alimentos ou utensílios, etc. Geralmente, a infecção ocorre na infância.
Uma vez que a pessoa se infecta com esse vírus, ele permanece latente (inativado) nos gânglios nervosos. Em situações como exposição aos raios de sol, baixa imunidade e estresse emocional, o vírus pode ser reativado, desencadeando lesões, principalmente na região perioral. Depois do primeiro contato, algumas pessoas podem apresentar reativação recorrente.
Em caso de aparecimento de bolhas, a primeira recomendação é não estourá-las. É possível tomar medicamentos antivirais para abreviar os sintomas, ou esperar que as bolhas desapareçam naturalmente. Pomadas também podem ser utilizadas para acelerar a cicatrização das feridas. Entretanto, evite sempre a automedicação, passe no médico antes.
Herpes Tipo 2 (herpes genital)
A infecção pelo herpes vírus tipo 2 é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que provoca pequenas bolhas na região do períneo, do glúteo e de órgãos genitais. Além das lesões, a herpes genital também pode gerar ardência, dificuldade em urinar e ínguas na virilha.
Assim como o herpes vírus do tipo 1, a infecção pelo herpes tipo 2, o vírus permanece no organismo na forma latente e é ativado sob determinadas condições. Traumas na região do períneo, estresse e imunidade baixa são os principais gatilhos para o reaparecimento das lesões.
Transmissão
As relações sexuais, seja pelo sexo vaginal, anal ou oral, são o meio de transmissão do herpes virus do tipo 2. A pessoa infectada não precisa ter sintomas para ser capaz de transmitir o vírus. Dessa forma, a prevenção mais eficaz é o uso de preservativo durante todo o tipo de ato sexual.
Essa infecção também pode ser transmitida durante o parto, podendo causar complicações ao recém-nascido. Se uma mulher estiver com uma lesão ativa no momento do parto, é recomendada a realização de uma cesárea.
Diagnóstico e Tratamento
As lesões na pele causadas pelos herpes vírus do tipo 1 e do tipo 2 são iguais, não sendo possível diferenciá-los pelo tipo de lesão . De modo geral, lesões na região da boca são mais frequentemente causadas pelo herpes vírus do tipo 1, e as lesões na região genital, pelo herpes do tipo 2.
Em pessoas com imunidade baixa (por doenças associadas ou por uso de determinados medicamentos) as lesões causadas pelo herpes vírus 1 ou 2 podem ser mais extensas, sendo necessário exames laboratoriais específicos para confirmar a infecção por esses vírus.
O tratamento das infecções por herpes do tipo 1 e do tipo 2 é, basicamente, o mesmo. Ele consiste no uso de medicamentos para aliviar a dor e no uso de antivirais específicos (tópico ou oral). Porém, em casos de recidivas frequentes da doença, pode-se optar por um tratamento com antiviral oral a longo prazo visando à supressão do vírus.
Não há medicamentos capazes de erradicar os vírus da herpes do organismo, mas é possível deixá-los inativados por mais tempo. Entretanto, evite a automedicação. Procure um médico para diagnóstico e tratamento adequados.
Herpes Tipo 3 (varicela-zoster)
O herpes vírus do tipo 3 é também chamado de vírus Varicela-zoster. Esse vírus pode se manifestar de duas maneiras: como varicela (também conhecida como catapora) ou como herpes zoster (cobreiro).
Quando a pessoa se infecta pela primeira vez com o vírus da Varicela-zoster, essa pessoa desenvolve a varicela (catapora). A varicela ocorre com mais frequência em crianças e em jovens. Após a infecção, o vírus Varicela-zoster permanece no organismo, só que inativo, mesmo após a cura. Ele pode reaparecer na idade adulta, causando a doença conhecida como herpes zóster ou cobreiro.
A varicela é uma doença altamente contagiosa que se caracteriza por lesões espalhadas pelo corpo. As lesões começam como manchas avermelhadas que evoluem para vesículas (bolhas), pústulas e crostas, inclusive na boca e região genital. É comum ter mal-estar e febre antes do aparecimento das lesões no corpo.
Na maioria das vezes, a catapora é uma doença auto-limitada. Ou seja, mesmo após a cura, o vírus causador da varicela (varicela-zoster) permanece latente no organismo.
Quando ocorre a reativação do vírus Varicela-zóster, ele se manifesta na forma de lesões localizadas em uma parte do corpo, seguindo o trajeto de nervos periféricos. Os principais sintomas deste problema de saúde são as erupções cutâneas, as quais aparecem principalmente nas costas e no tórax. Podendo, entretanto, acometer a face e até mesmo os olhos.
Geralmente, as bolhas surgem após a pessoa apresentar sintomas como dor localizada, formigamento, dor de cabeça e mal-estar, além de vermelhidão e sensação de agulhada ou queimação no local de aparecimento das bolhas.
Ao contrário das demais herpes mencionadas, que raramente causam desconforto além das lesões na pele, a infecção pelo herpes vírus do tipo 3 (Varicela-zoster) pode levar a complicações clínicas graves e deixar sequelas, como dor crônica e problemas neurológicos.
Transmissão e tratamento
Cerca de 90% dos indivíduos foram contaminados pelo vírus varicela-zóster na infância. Mesmo após a cura da catapora, o vírus permanece no organismo e pode ser ativado em determinadas condições.
Em geral, isso ocorre em pessoas acima de 50 anos ou em pessoas que estão com a saúde fragilizada por questões como a utilização de remédios imunossupressores, exposição à quimioterapia ou radioterapia, estresse emocional, etc..
O uso de medicamentos antivirais é a recomendação terapêutica mais adequada contra herpes zóster. No entanto, na maioria das vezes, é necessário o uso de medicamentos para aliviar a dor por tempo prolongado. Entretanto, é fundamental procurar um médico para diagnóstico e tratamento adequado e precoce. Evite sempre se automedicar.
Como se prevenir dos tipos de herpes?
Existem, basicamente, duas formas de se prevenir dos diferentes tipos de herpes: evitar a infecção do vírus no organismo e manter uma condição de saúde que impeça que ele seja ativado.
Listamos, a seguir, os principais mecanismos de prevenção:
Vacina
Existem vacinas para prevenir contra a infecção pelo vírus Varicela-zoster e para prevenir a sua reativação.
A vacina contra varicela (catapora) é indicada a partir dos 12 meses de idade, e deve ser dada uma segunda dose 3 meses depois. É uma vacina segura e com boa eficácia. Entretanto, não pode ser aplicado em imunodeprimidos e gestantes.
A vacina contra a varicela pode ser aplicada em combinação com as vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola. Essas vacinas fazem parte do calendário vacinal das crianças e adolescentes.
Existe também vacinas para evitar a reativação do vírus Varicela-zoster, que é o imunizante varicela zoster). A vacina atual (varicela-zoster inativa ) está indicada para indivíduos acima de 50 anos e para maiores de 18 anos que tenham doenças que diminuam a defesa. São necessárias duas doses da vacina Varicela-zoster com intervalo de 2 a 6 meses. Essa vacina está disponível apenas na rede privada
No esquema vacinal definido pelo Ministério da Saúde, está prevista a imunização contra a varicela (catapora) em crianças. No entanto, a vacina para herpes zóster confere uma proteção 14 vezes maior para o herpes zoster em comparação com a vacina varicela aplicada na infância.
Usar preservativo
Como toda IST, a maneira mais eficaz de se prevenir pelo vírus da herpes tipo 2 é utilizando preservativo em todo tipo de relação sexual.
Não compartilhar objetos pessoais
Uma das formas de contágio da herpes tipo 1 é o compartilhamento de copos, talheres, roupas e demais objetos de uso pessoal. Portanto, o ideal é que não se divida o uso deles.
Evitar exposição prolongada ao sol
O sol, especialmente no verão, é um dos desencadeadores da herpes tipo 1. A recomendação, portanto, é evitar a exposição prolongada e utilizar protetor labial.
Manter o sistema imunológico fortalecido
Como mencionado, os vírus da herpes estão presentes na maior parte dos indivíduos, mas só são ativados quando a pessoa está com sistema imunológico enfraquecido. Portanto, manter bons hábitos de saúde, como alimentação adequada, exercícios físicos regulares e uma rotina de sono, podem contribuir para a prevenção da reativação dos herpes vírus.
Vacine-se no Laboratório Padrão
O Laboratório Padrão é referência em vacinação em Goiânia. A instituição oferece os principais tipos de vacinas para idosos, incluindo a vacina contra herpes zóster, recomendada para o público acima de 50 anos. Trata-se de um procedimento simples e que previne os sintomas dessa doença, que pode trazer complicações graves em indivíduos não vacinados.
Achou interessante saber dos tipos de herpes? Agora que já sabe a importância das medidas preventivas, que tal marcar a sua imunização contra a Herpes Zóster? Vacine-se na unidade do Laboratório Padrão mais próxima de você.
Aqui, sua saúde é nossa prioridade!