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Veja como identificar sinais de autismo em adultos

O Abril Azul reafirma a importância da conscientização sobre o autismo. Hoje fica mais claro que alguns comportamentos podem estar atrelados a alguns fatores. E graças a desmistificação de alguns temas, isso fez com que muitas pessoas fossem atrás de diagnósticos para o que estavam sentindo já de forma posterior. Diante deste cenário, muitos querem saber como é a manifestação do autismo em adultos.  

Na fase adulta, receber um diagnóstico tardio de autismo pode ser desafiador. Porém, é importante ir em busca disso para entender melhor a si mesmo, encontrar caminhos para lidar com os desafios e buscar o apoio necessário. 

Em vista disso, vamos responder algumas das principais dúvidas que costumam surgir a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em adultos. Saiba quais são os sinais de autismo tardio e como reconhecer outras condições de saúde que aparecem junto com o autismo nessa etapa da vida.

Boa leitura! 

Quais são os sinais de autismo em adultos?

Quando surge tardiamente, os sinais de autismo em adultos podem variar significativamente. Isso se explica devido às características individuais, que se sobrepõem  — ou são mimetizadas, ou seja, similares a outras condições — quando a pessoa apresenta sintomas do espectro autista.

Para melhor compreensão do tema, listamos alguns sinais comuns que podem levantar suspeitas quanto ao transtorno. Confira:

  • Dificuldade de interação social, mesmo quando está entre pessoas de seu convívio;
  • Dificuldade em entender e responder às emoções dos outros;
  • Dificuldade em se envolver em conversas casuais ou participar de interações sociais com estranhos;
  • Interesses mais intensos ou foco obsessivo em temáticas específicas.
  • Sensibilidade sensorial muito aguçada a estímulos como luz, som, textura e cheiro;
  • Manutenção de rotinas rígidas ou rituais repetitivos;
  • Dificuldade em compreender ou seguir instruções complexas de geolocalização;
  • Dificuldade em perceber e reconhecer sarcasmo, ironia ou humor sutil;
  • Dificuldade em iniciar ou manter relacionamentos íntimos e duradouros.

Por que há muitos diagnósticos tardios de autismo em adultos?

Apesar do avanço nas técnicas de avaliação diagnóstica e no aumento de estudos sobre o tema, o diagnóstico de autismo em adultos ainda tende a ser mais tardio devido a uma combinação de fatores. Na verdade, existem várias explicações para justificar essa realidade. Listamos as mais relevantes abaixo, veja quais são!

Questão cultural

Historicamente, o autismo foi um transtorno mais associado a crianças. Por conta disso, muitos profissionais de saúde  — principalmente psicólogos e psiquiatras  — podem subestimar esses sintomas em adultos. Às vezes, a investigação diagnóstica é centrada em outras causas, que não os sinais presentes no autista maior de idade.

Má compreensão dos sintomas em adultos

Se comparado às crianças, os sintomas de autismo podem se manifestar de formas distintas em adultos. Além do mais, os adultos com autismo que descobrem suas limitações desenvolvem estratégias de enfrentamento ao longo da vida. Isso acaba por mascarar seus sintomas, o que pode dificultar que os profissionais reconheçam o transtorno.

Estigma e percepção social

Por ser uma condição mais comum em crianças, a maioria dos adultos com TEA podem enfrentar estigma e discriminação. Dependendo da forma de enfrentamento desses fatores, isso pode gerar certa relutância quanto à busca de avaliação e diagnóstico, sobretudo em mulher autista.

Comorbidades

Muitas vezes, os adultos com autismo apresentam outras questões ligadas à saúde mental. Quanto maiores forem as semelhanças dos sintomas, maior a dificuldade de definir o diagnóstico, isso porque um pode mascarar o outro.

Mudanças no contexto de vida

Quando os adultos assumem certas responsabilidades profissionais ou nos relacionamentos íntimos, esses novos desafios podem enaltecer ou mascarar os sinais de autismo. Com isso, os sintomas do autismo neste ciclo de vida podem não se tornar tão evidentes quanto na infância e adolescência.

Dificuldades de acesso aos serviços de saúde mental

Mesmo que seja imprescindível, nem sempre o acesso aos tratamentos de saúde mental estão disponíveis. Por tal razão, os adultos com TEA podem ter dificuldades para conseguir atendimento de qualidade e ter o diagnóstico adequado para a sua condição.

Quais outras condições de saúde aparecem junto com o autismo?

Em geral, o autismo pode coexistir com outras condições de saúde mental e física, as quais chamamos de comorbidades. Assim, saber como melhorar a imunidade também ajuda a lidar com as particularidades do autismo adulto. 

Destacamos algumas dessas comorbidades consideradas.

Transtornos do desenvolvimento

Além do próprio autismo, pessoas com essa condição podem apresentar outros transtornos do desenvolvimento. O mais comum é o transtorno desintegrativo da infância, que pode causar prejuízos na vida adulta.

Transtornos de ansiedade

Ansiedade é um quadro muito comum em pessoas com autismo. As mais presentes são o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de ansiedade social e transtorno de pânico.

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Muitas pessoas que se enquadram nesse perfil também apresentam sintomas de TDAH. Os mais presentes são a dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade.

Transtornos do sono

As pessoas que têm o diagnóstico de autismo costumam apresentar distúrbios de sono. As manifestações mais comuns são a dificuldade para adormecer, a insônia e o hábito de acordar frequentemente durante a noite.

Transtornos do humor

Alguns transtornos também são marcados por sinais semelhantes ao autismo. Com isso, pessoas com TEA tendem a desenvolver depressão, crises de ansiedade e transtorno bipolar.

Transtornos alimentares

Mesmo que tenham autismo em grau leve, pessoas com essa condição podem ter uma relação mais difícil com a comida. Elas têm mais tendência à seletividade alimentar e alergias. Alguns quadros, como a intolerância à lactose, podem ser mais comuns.

É muito comum o hábito de repetir alimentos e ter resistência a experimentar novos sabores. Essas características são comuns em crianças e adultos autistas.

Como lidar com o diagnóstico tardio de autismo em adultos?

Destacamos algumas estratégias que são úteis para lidar com um diagnóstico tardio de autismo, como:

Aprenda mais sobre o autismo 

Procurar por leituras, vídeos e conteúdos que tratem sobre o tema. Tudo isso pode ajudá-lo a entender melhor suas próprias experiências e desafios. Além do que, pode dar insumos para que você encare algumas questões com mais leveza, uma vez que você desmistifica o transtorno.

Busque apoio profissional

O apoio profissional é essencial, uma vez que um especialista em autismo auxilia na compreensão do diagnóstico e no desenvolvimento de estratégias para lidar com o quadro.

Conecte-se com a comunidade autista 

A interação com grupos de apoio ou comunidades on-line de pessoas com autismo é importante para compartilhar experiências semelhantes.

Priorize o autocuidado 

Cuidar de si mesmo, tanto física quanto emocionalmente, é crucial para tornar a sua rotina mais leve. 

Todo adulto autista é de nível 1 de suporte?

Em vias gerais, o termo "autismo leve" é frequentemente usado para descrever uma forma de autismo mais branda. Nesses indivíduos, os sintomas são amenos e causam impactos menos significativos nas habilidades de comunicação, interação social e nas formas  de interação e comportamento.

Estima-se que os adultos tenham esse tipo de autismo porque os outros níveis tendem a ser diagnosticados logo na infância. Como já citamos, o diagnóstico tardio tende a acontecer porque os sintomas podiam ser confundidos com os de outros distúrbios. O autismo severo, no entanto, tem características mais relevantes, que podem ser diagnosticados mais cedo. 

Quantos autistas adultos existem no Brasil?

Recentemente, a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) divulgou dados de uma pesquisa sobre o panorama do autismo tardio no Brasil. Segundo os dados da Universidade, o número de brasileiros autistas adultos é próximo dos 3 milhões.

Tais estatísticas sugerem a necessidade de divulgar mais informações sobre o TEA. Entre os fatores mais relevantes, destacam-se medidas de educação preventiva, uma vez que a conscientização estimula a busca do diagnóstico e tratamento. 

Já sabe onde fazer os seus exames de rotina?

Como você percebeu,  nesse quadro é comum a presença de hipersensibilidades e alergias, sobretudo alimentares. Por isso, ter um lugar de confiança para realizar os seus exames de rotina, que oferecem qualidade e atendimento respeitoso, é essencial. 

Neste sentido, o Laboratório Padrão está pronto para atender a você e sua família. Conhecido em todo o estado de Goiás, nossas 30 unidades estão prontas para apoiá-lo nessa busca por diagnóstico do seu quadro. 

Se você conhece alguém que apresenta esses sinais de autismo em adultos, com queixas de que eles estão impactando significativamente a vida diária, aconselhe-o a buscar ajuda com um especialista em saúde mental e faça os seus exames nas unidades do Laboratório Padrão. E, para as crianças com suspeita do quadro, inclusive, a Unidade Padrão Kids (T-4) é referência em tratamento infantil para crianças com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Não deixe de fazer a sua visita na nossa unidade. 

Afinal, aqui, sua saúde é nossa prioridade!