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Conheça os tipos de vírus da dengue e os sintomas de gravidade

Você sabia que existem diferentes tipos de vírus da dengue? Considerada uma doença infecciosa aguda, a dengue é muito comum no Brasil. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, ela representa um grande risco para a saúde pública, especialmente nos meses chuvosos.

As pessoas infectadas desenvolvem diversos sintomas, que podem ser apresentados em quadros simples ou graves, como a hemorrágica. A dengue é uma doença séria e que exige medidas preventivas consistentes para evitar complicações.

Quer saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura, porque vamos apresentar informações sobre os tipos de dengue, quais são os sintomas, os sinais de alerta de gravidade, como é o diagnóstico e a prevenção!

Boa leitura!

O que é a dengue?

A dengue é uma doença infecciosa causada  pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Trata-se de uma doença febril aguda, ou seja, que se manifesta de uma forma rápida, muito frequente durante os períodos chuvosos e quentes.

No Brasil, a dengue foi documentada de modo clínico (ou seja, pelos sintomas) e laboratorialmente (pelos exames), pela primeira vez, no início da década de 1980, em Boa Vista, Roraima. Desde então, o vírus se disseminou, de maneira progressiva, para todas as regiões do país. 

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, houve um aumento de 149% dos casos em 2022, em comparação com 2021. Até junho de 2023, já foram notificados cerca de 1,4 milhão de casos de dengue com aproximadamente 650 óbitos.  Provavelmente, todos em decorrência dessa doença. 

Ou seja, a dengue é uma doença comum, porém potencialmente grave. Conheça os sinais de alerta!

Quais são os tipos de vírus da dengue?

A dengue é causada por um único vírus (DENV). No entanto, o vírus da dengue apresenta algumas variações na sua estrutura, o que faz com que ele tenha diferentes sorotipos e linhagens virais. 

Até o momento, são conhecidos 5 sorotipos e 18 linhagens do vírus da dengue. No Brasil, circulam os sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4, em geral, denominados DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.

Após a infecção por um tipo de vírus da dengue, o organismo fica permanentemente imune a esse sorotipo. Mas a infecção por um sorotipo não protege contra os outros. Por esse motivo, cada pessoa pode se infectar 4 vezes pelo vírus da dengue.  

A predominância de um ou de outro sorotipo de dengue varia em diferentes regiões e ao longo do tempo. Neste caso, depende da capacidade de disseminação e do percentual de pessoas ainda não infectadas por esse sorotipo.

Qualquer um dos quatro sorotipos de dengue (1, 2, 3 e 4) pode produzir infecções assintomáticas ou quadros leves, graves e até mesmo óbitos. Veja, a seguir, quais são os sorotipos de dengue e como tem sido a circulação deles no Brasil

Tipo 1 (DENV-1) 

O vírus da dengue tipo 1 foi identificado pela primeira vez em 1981, em casos isolados em Roraima. Ele começou a circular por outras regiões do país a partir de 1986.

Tipo 2 (DENV-2)

O vírus da dengue tipo 2 foi identificado em 1990. Os tipos DENV-1 e DENV-2 têm predominado nos últimos 4 anos.  

Tipo 3 (DENV-3) 

O vírus da dengue do tipo 3 foi isolado em 2000 e se manteve como o sorotipo mais comum no país até 2016.

Tipo 4 (DENV-4)

O vírus da dengue tipo 4 foi identificado em casos isolados e restritos na Região Norte em 1981, porém, depois de 2010, ele passou a ser identificado em outras partes do Brasil.

Tipo 5 (DENV-5)   

O vírus da dengue do tipo 5 surgiu, pela primeira vez, em 2007, na Malásia, no continente asiático. Até o momento, não foi identificado nenhum caso no Brasil.

Qual tipo de dengue é o mais grave?

Não é possível falar da gravidade do sorotipo só pelas manifestações clínicas. Afinal, qualquer um dos sorotipos do vírus da dengue pode causar infecções assintomáticas, leves, graves e óbitos. Apesar disso, os dados mostram que os sorotipos 2 e 3 são considerados mais virulentos, pois se espalham com maior facilidade. 

Qualquer dos sorotipos pode causar dengue grave na primeira infecção, porém, na maior parte das vezes, os casos graves acontecem na segunda ou terceira infecção. 

Em outras palavras, o desenvolvimento da dengue grave pode ocorrer por qualquer um dos tipos do vírus, especialmente a partir da segunda infecção. Nesses casos, o sistema imunológico pode reagir de maneira mais forte e excessiva.

Veja, a seguir, quais costumam ser os sintomas da contaminação por dengue.  

Dengue sem sinais de alerta 

Febre acompanhada por dois ou mais das seguintes manifestações: 

  • Manchas vermelhas no corpo.
  • Dores no corpo (muscular, articular, atrás dos olhos, dor de cabeça). 
  • Náuseas. 
  • Vômito. 
  • Alterações no exame de sangue (leucócitos diminuídos).

Dengue com sinais de alerta

Em relação aos sintomas da dengue sem sinais de alerta, é necessário adicionar uma das manifestações:  

  • Dor abdominal.
  • Vômitos persistentes. 
  • Sangramentos de mucosas. 
  • Letargia/apatia.
  • Tonturas ao levantar. 
  • Exames de sangue mostrando desidratação e queda importante do número de plaquetas.
  • Exames de ultrassonografia mostrando a presença de líquidos livres em cavidades (derrames pleurais, peritoneais, cardíacos).

Se estiver com qualquer sintoma desses, é imprescindível a ida para um serviço de saúde para que se tenha uma avaliação médica. 

Dengue grave 

Nestes casos, além da intensificação dos sinais de alerta, a pessoa também poderá sentir: 

  • Pressão arterial muito baixa. 
  • Dificuldade respiratória.
  • Sangramentos.

Diante de qualquer um desses sintomas, independentemente da intensidade, é imprescindível procurar um serviço de saúde. Afinal, com o diagnóstico correto e tratamento devido, as possibilidades de sucesso e cura são maiores. 

Lembrando que os cuidados e o tratamento são iguais para todos os sorotipos de dengue.

Como saber se é dengue e qual a gravidade?

A dengue, principalmente nas formas brandas, pode ser confundida com outras doenças febris agudas. Ao notar qualquer sintoma da dengue, é importante ter atenção e procurar atendimento médico. A confirmação da infecção e a intensidade dos sinais são decisivas para direcionar ao tratamento adequado.

Após a avaliação clínica, feita pelo médico, geralmente são solicitados exames laboratoriais inespecíficos (por exemplo: hemograma) e exames específicos para confirmação de dengue. Nos primeiros dias da doença (ou seja, até o 5º dia de sintoma), os médicos pesquisam pela presença de antígenos do vírus (NS1 dengue) no sangue. 

Nessa fase, também podem ser feitos testes de biologia molecular (PCR para dengue no sangue). Após o 5º dia da doença, indicam-se testes sorológicos específicos contra Dengue (IgM e IgG). Dependendo do resultado, eles são repetidos após o 10º dia do início dos sintomas, para verificação do quadro da doença. 

Os exames laboratoriais realizados na rotina para diagnóstico não identificam os sorotipos virais da dengue. A identificação dos sorotipos do vírus da dengue é importante para monitorar a circulação viral e, também, para diagnóstico específico em algumas situações clínicas especiais. 

Não há medicação específica contra os vírus da dengue. O tratamento é feito, basicamente, com medicação para aliviar os sintomas e com hidratação, uma vez que a doença desidrata a pessoa. 

A automedicação deve ser evitada. Também é importante excluir o uso de medicamentos que aumentam o risco de sangramento (por exemplo, anti-inflamatórios, aspirina, etc.), pois podem agravar o quadro. 

Como realizar a prevenção contra a dengue?

A transmissão da dengue acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti, que precisa do contato com a água parada para se reproduzir. Por isso, evitar condições que favoreçam a proliferação do agente transmissor é uma das formas de prevenção.

Dessa maneira, a medida mais indicada pelos órgãos de saúde é não deixar água parada em recipientes como pneus, vasos de plantas e superfícies. Além disso, também é essencial higienizar e manter a caixa d’água sempre fechada.

Outra forma de prevenção muito importante é a vacinação contra a dengue, que reforça o sistema imunológico de uma maneira eficaz. A imunização contribui para evitar quadros graves e preservar a sua saúde, mesmo em casos de surtos. 

Atualmente, existem duas vacinas contra dengue licenciadas no Brasil:

Vacina Dengvaxia (fabricante Sanofi, licenciada em 2015) 

Vacina atenuada contra os 4 sorotipos de dengue. É indicada para pessoas entre 6 e 45 anos de idade e que tiveram um episódio prévio de infecção por dengue (laboratorialmente confirmado). São 3 doses de vacina, com intervalo de 6 meses entre elas.

Vacina QDENGA (fabricante GSK, licenciada em 2023) 

Vacina atenuada tetravalente contra os 4 sorotipos de dengue. É indicada para pessoas entre 04 e 60 anos de idade, tanto para quem já teve dengue, como para quem nunca teve essa doença. São duas doses de vacina, com intervalo de 3 meses entre as doses.

Ambas as vacinas são contraindicadas para gestantes e para pessoas com doenças imunossupressoras, ou que façam uso de medicamentos imunossupressores.

Laboratório Padrão na prevenção da dengue

No Laboratório Padrão, você encontra a vacina da dengue para se proteger e evitar complicações causadas pela doença.

Com uma estrutura de ponta e uma equipe preparada para colocar seu cartão de vacinas em dia, cuide da sua saúde nas unidades do Laboratório Padrão. É a escolha ideal para se vacinar e preservar o bem-estar de toda a sua família.

Como você notou, a dengue é comum no Brasil e tem potencial para provocar sintomas intensos e quadros graves. Portanto, não deixe de adotar hábitos preventivos para evitar transtornos e cultivar sua qualidade de vida.

Gostou do post? Agora que você sabe sobre os tipos de vírus da dengue, o que acha de proteger sua saúde? Não perca tempo, acesse o site do Laboratório Padrão e conheça mais sobre  a nova vacina da dengue!

Aqui, a sua saúde é prioridade!

Texto validado pela doutora Marilia Dalva Turchi. CRM: 4131 -GO