A doação de sangue é um ato nobre que contribui para salvar vidas, uma vez que pode auxiliar pessoas que estão em tratamentos de saúde. Mesmo sendo um assunto que é alvo de diversas campanhas, ainda é repleto de mitos e tabus.

As dúvidas sobre o processo de doação acometem a maioria da sociedade e acabam desmotivando muitas pessoas. Por essa razão, esclarecer todos os mitos e preconceitos é imprescindível para conscientizar sobre a importância de ser doador.

Se você também quer ter mais informações sobre o tema, veio ao lugar certo. Continue lendo este post e saiba quais são os 5 maiores mitos da doação de sangue, conheça as respostas para desmistificá-los e tudo sobre essa importante ação de solidariedade!

5 principais mitos que envolvem a doação de sangue

Quando se fala em doar sangue, é comum surgir inúmeras dúvidas, ainda mais pelos mitos disseminados na sociedade. Trata-se de informações que não são comprovadas pela ciência e sempre despertam a insegurança de quem pretende fazer a doação.

Desmitificar o assunto e entender como o processo funciona é primordial para elevar o número de doadores e, assim, salvar mais vidas. Pois o sangue doado é essencial para quem está hospitalizado e precisa de transfusão para o sucesso dos tratamentos.

Veja a seguir quais são os maiores mitos sobre a doação de sangue e a resposta segura para eles.

1. Doar sangue engorda ou emagrece

Ao doar sangue, o volume do líquido é reposto pelo organismo naturalmente em 24 horas. Por isso, o doador não engorda nem emagrece. Esse é um dos mitos mais comuns e que não tem nenhum respaldo ou comprovação científica.

2. Quem doa sangue precisa doar sempre

Se você doa sangue uma vez, não há nenhuma obrigação em doar novamente e manter uma rotina periódica. Sendo assim, é possível doar apenas uma vez, embora seja uma atitude solidária que pode beneficiar muita gente na medida em que você doar mais. 

3. Doar sangue contamina o doador

O processo de doar sangue não apresenta nenhum risco de contaminação do doador, ou seja, não há possibilidade de contrair doenças. São realizados exames prévios, e todo o material utilizado é esterilizado, sem contato com o sangue de outra pessoa.

4. Doar sangue causa fraqueza

O volume de sangue coletado durante a doação é rapidamente reposto pelo organismo. Por isso, não causa fraqueza nem sensação de cansaço. O processo é confortável e totalmente seguro, sem causar nenhum tipo de dano à saúde.

5. Somente maiores de idade podem doar sangue

A doação de sangue pode ser realizada por adolescentes de 16 e 17 anos, desde que atendam a todos os requisitos de saúde. A única observação nesses casos é que, por serem menores de idade, é necessária a autorização dos responsáveis.

Os requisitos necessários para doar sangue 

Para doar sangue com segurança, o doador precisa atender a requisitos básicos que são avaliados no processo de triagem. São informações simples e verificadas com rapidez, sem causar nenhum tipo de transtorno para quem pretende doar.

Segundo o Ministério da Saúde, os requisitos para a doação são:

• Peso acima de 50 Kg.
• Ter boas condições de saúde.
• Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido até os 60 anos.
• Ter dormido ao menos 6 horas nas últimas 24 horas.
• Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos antes da doação.
• Portar os documentos de identificação pessoal.

Além desses requisitos básicos para todo procedimento de doação, ainda existem fatores que são considerados impeditivos temporários. Em outras palavras, são condições em que o doador deve aguardar um período para fazer a doação.

Tais condições são as seguintes:

• Quem está com gripe ou resfriados.
• Gestantes.
• Quem está em amamentação.
• Tatuagem recente.
• Maquiagem definitiva ou micropigmentação recentes.
• Vacina da gripe nas últimas 48 horas.
• Quem fez algum procedimento endoscópico nos últimos 6 meses.
• Cirurgias odontológicas recentes.
• Quem ingeriu bebida alcoólica 12 horas antes da doação.

Diante disso, é importante buscar orientações no hemocentro que pretende doar antes de se direcionar para fazer a doação. Assim, será possível esclarecer todos os pontos e eliminar suas dúvidas para realizar o procedimento com tranquilidade.

O que impede a doação de sangue no Brasil 

No Brasil, apenas 1,4% da população doa sangue regularmente, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados pela CNN, número considerado baixo para manter os estoques suficientes para os tratamentos. É por essa razão que, frequentemente, os órgãos de saúde reforçam as ações e campanhas de conscientização.

Na maioria das situações, o maior impeditivo é a desinformação sobre o processo, que desperta medo em muitas pessoas, mesmo sendo um procedimento seguro e rápido, uma vez que a triagem dura cerca de 40 minutos e a doação, entre 8 e 10 minutos.  

Outro motivo que impede a doação de forma permanente são algumas condições de saúde, por exemplo:

• Doenças renais.
• Anemia.
• Doenças cardíacas.
• Hepatite até os 11 anos.
• Hipertensão.
• Portadores de doenças infecciosas transmissíveis.
• Doença autoimune e outras.

Em todos esses casos, o indivíduo não pode doar. Como são problemas comuns na sociedade, esses critérios reduzem o número de pessoas aptas. Mais um motivo que demonstra a importância da colaboração e do envolvimento das pessoas que podem ser doadoras.

Quais exames são feitos na hora de doar sangue 

Antes de doar sangue, é preciso passar por um processo de análise, o qual avalia diversos aspectos da saúde do doador. São feitos exames para identificar a tipagem sanguínea e a presença de possíveis impeditivos, para garantir a devida segurança.

Os testes realizados são os seguintes:

• Testes sorológicos para Hepatite B e C, Sífilis, Aids, Chagas, HTLV-I/II.
• Exame para detectar presença de hemoglobinas anormais.
• Teste de determinação de grupo sanguíneo ABO/Rh.

Os exames são feitos no hemocentro ou em um laboratório especializado. Estes procedimentos garantem a segurança de todos e, por este motivo, são obrigatórios para quem deseja doar. 

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