Veja quais são os principais sintomas de Herpes Zóster e quando deve procurar ajuda
A herpes zóster ganhou força nos últimos anos, mais especificamente após a pandemia de Covid-19, ligando o alerta dos principais agentes de saúde do Brasil em relação às doenças virais. A doença pode causar muita dor, por isso é importante conhecer os principais sintomas de herpes zóster e como tratá-los adequadamente.
Nesse sentido, aqui você vai conferir tudo sobre a enfermidade: definição, causas, sinais, diagnóstico, tratamento, complicações e opções de vacinação. Além disso, vamos explicar qual a diferença entre a herpes zóster e a catapora e por que a condição se intensificou com o coronavírus.
Boa leitura!
O que é herpes zóster?
A herpes zóster, conhecida popularmente como cobreiro, é uma doença viral e contagiosa que acarreta lesões na pele e outros sintomas. É causada pela reativação do vírus Varicela-zoster, o mesmo da catapora.
Assim, a enfermidade costuma surgir em pessoas que já tiveram catapora, uma vez que o vírus pode se manter “adormecido” nos nervos durante anos. Em caso de falha no sistema imunológico, o micro-organismo volta a se multiplicar, causando a herpes zóster.
Geralmente, ocasiona dor intensa nas feridas, que se localizam em apenas um lado do corpo. Embora atinja todas as faixas etárias, é mais comum em idosos. A condição tende a ser passageira em pessoas saudáveis. Porém, há a possibilidade de surgirem complicações.
Por exemplo, um estudo norte-americano de 2022, promovido pelo JAHA (Journal of the American Heart Disease), indica que quem já teve herpes zóster apresenta risco 30% maior de sofrer com doenças cardiovasculares. Além disso, a neuralgia pós-herpética, uma espécie de dor persistente, é outra complicação conhecida.
O vírus pode ser transmitido por meio do contato com pessoas que nunca tiveram catapora. Nesse caso, o infectado não desenvolverá herpes zóster, mas a catapora, pois se trata do primeiro contato com o Varicela-zoster.
Felizmente, a medicina atual dispõe de tratamentos capazes de combater a doença e aliviar os sintomas de herpes zóster. Ao mesmo tempo, é possível prevenir a enfermidade por meios cientificamente eficazes, dos quais se destaca a vacinação de Herpes Zóster.
Causas da herpes zóster
A baixa imunidade é o principal fator que promove a reativação do vírus da herpes zóster. Nesse sentido, confira a seguir situações que podem causar o quadro:
- Idade avançada.
- Doenças crônicas.
- Infecções.
- Ansiedade.
- Estresse.
- Depressão.
- Tumor.
- Quimioterapia e radioterapia.
- Maus hábitos alimentares.
- Certos medicamentos, como corticoides.
Os fatores emocionais podem explicar o aumento significativo na ocorrência de herpes zóster no Brasil durante a pandemia da Covid-19. Um estudo da Universidade Estadual de Montes Claros, em Minas Gerais, publicado na National Library of Medicine, revelou que os casos no país aumentaram cerca de 35% no período.
Sintomas da herpes zóster
Alguns dos sintomas de herpes zóster são facilmente reconhecíveis, enquanto outros podem ser considerados menos óbvios. Por isso, explicamos cada um brevemente para você!
Lesões cutâneas
A inflamação causada pelo vírus da herpes zóster causa erupções cutâneas — esse é o sintoma de herpes zóster mais característico. Assim, as vesículas se agrupam de forma visualmente semelhante ao movimento de uma cobra. Essas bolhas possuem líquido na parte interna, que carrega o vírus.
As partes do corpo mais atingidas são o tórax, costas e pescoço, porém outras regiões, como o rosto, também podem ser afetadas. Normalmente, as lesões se localizam em apenas um lado do corpo. As feridas podem causar muita dor e incômodo.
Formigamento
Embora as lesões na pele sejam o sinal mais marcante da doença, os sintomas da herpes zóster costumam começar com sensações anormais, chamadas de parestesias. Ou seja, formigamento, agulhadas e adormecimento na região afetada pela reativação do vírus.
Febre
Às vezes, os formigamentos são acompanhados de febre baixa nos primeiros dias, que costuma variar entre 37 e 38ºC. Também podem ocorrer calafrios, já que o organismo busca regular a temperatura e proteger as extremidades do corpo, as quais ficam mais frias em quadros de febre.
Vermelhidão
Antes de as bolhas finalmente estourarem, também é normal o indivíduo com herpes zóster apresentar vermelhidão no local afetado.
Dor
A dor é outro importante sintoma da doença e pode se manifestar de várias formas. Entre elas, destacam-se a dor nas feridas propriamente ditas, a dor nos nervos (dor nevrálgica) e a dor de cabeça (cefaleia).
Coceira
Coceira nas lesões cutâneas (ou seja, feridas na pele) é outra queixa muito comum em pacientes com a condição. Além disso, a sensação de ardor, popularmente chamada de queimação, também atinge a região do corpo afetada pela herpes zóster.
Distúrbio digestivo
Enquanto as feridas ainda não sofreram a devida cicatrização, é relativamente comum o paciente apresentar disfunção gastrointestinal, que pode ser acompanhada de diarreia.
Mal-estar
Por fim, encerrando a lista dos principais sintomas de herpes zóster, está o mal-estar geral. Em outras palavras, o indivíduo sente cansaço, desânimo e falta de energia para as atividades do dia a dia.
Como se prevenir da herpes zóster
Se você quer saber como evitar a herpes zóster e todas as consequências provocadas pela virose, confira os principais métodos de prevenção da doença a seguir.
Vacinação
Definitivamente, a imunização contra o vírus varicela-zoster é a melhor medida de prevenção contra a herpes zóster. Nesse sentido, o Brasil dispõe de duas vacinas: a Zostavax e a Shingrix.
A Zostavax, aplicada no país desde 2014, é a mais conhecida. Com vírus vivos atenuados, essa vacina de dose única é voltada para pessoas a partir de 50 anos de idade, fase em que há maior risco de desenvolvimento da enfermidade. Não é oferecida pelo SUS.
Por sua vez, a Shingrix chegou ao Brasil em 2022. Classificada como inativada, essa vacina de duas doses apresenta eficácia de aproximadamente 90%. Pode ser aplicada em pessoas com mais de 50 anos ou adultos de qualquer idade com imunossupressão. Também só está disponível na rede privada.
Além disso, é importante frisar que a vacina da catapora deve ser recebida por todos os brasileiros na infância. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacina varicela é recomendada para bebês a partir de 12 meses, além de pessoas de qualquer idade que não tiveram catapora.
Cuidados com a saúde
Uma vez que o enfraquecimento do sistema imunológico é o principal causador da reativação do vírus que gera a herpes zóster, a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada são fatores essenciais para a prevenção.
Ao mesmo tempo, a saúde mental também deve estar em dia, já que problemas psicológicos também podem afetar a imunidade, como estresse, ansiedade e depressão.
Quais são os cuidados com a herpes zóster
Como a herpes zóster é uma doença contagiosa, o paciente precisa tomar uma série de cuidados para não transmitir o vírus para outras pessoas. A seguir, destacamos as principais ações nesse sentido:
- Higienizar as mãos com água e sabão antes e depois de tocar nas feridas.
- Cortar as unhas para evitar a contaminação das lesões.
- Não compartilhar toalhas, roupas, lençóis e outros itens pessoais que entraram em contato com as bolhas.
- Efetuar a devida desinfecção desses objetos.
- Cobrir as vesículas com ataduras para que o líquido que contém o vírus não vaze.
- Em caso de crianças com catapora ou herpes zóster, é recomendado o isolamento até a completa cicatrização das feridas.
Como aliviar os sintomas da herpes zóster?
Em um período de uma a quatro semanas, a herpes zóster apresenta cura espontânea em boa parte das pessoas. No entanto, até a completa cicatrização das feridas, a dor e o incômodo podem ser muito intensos.
Nesse contexto, conheça agora as melhores formas de aliviar os sintomas de herpes zóster!
Ajuda médica
Em primeiro lugar, assim que as vesículas (ou seja, as marcas na pele) são notadas, o ideal é que o indivíduo procure um profissional, que pode ser um clínico geral, dermatologista, infectologista e, nos caso dos pacientes idosos, um geriatra.
Dessa forma, o médico fará perguntas a fim de conhecer o histórico da pessoa e procederá a um exame físico para cravar o diagnóstico. Depois, prescreverá o tratamento para aliviar os sintomas de herpes zóster.
Medicamentos
Acima de tudo, o tratamento contra a herpes zóster busca limitar o alcance das lesões, amenizar a dor e acelerar a cura, evitando possíveis complicações. Para isso, dois tipos de medicamentos são muito utilizados.
Os antivirais de uso oral têm o objetivo de combater a proliferação do vírus do cobreiro. Já os analgésicos são responsáveis por reduzir a dor causada pela herpes zóster. Em alguns casos, também pode ser necessário o uso de anti-histamínicos para aliviar a coceira.
Vale citar que os remédios estão disponíveis em vários níveis de potência. Portanto, cabe ao médico analisar a situação específica do paciente para prescrever os medicamentos mais adequados.
Banho frios
Duchas de água fria ou fresca são uma maneira simples e eficaz de amenizar a dor, a queimação e a coceira motivadas pelas lesões cutâneas da herpes zóster.
Compressas
Além disso, compressas úmidas e frias aplicadas levemente nas feridas também podem ser realizadas. Assim, recomenda-se a diluição em água das seguintes soluções: água oxigenada, água boricada e permanganato de potássio.
Não coçar
É extremamente importante não coçar as lesões da herpes zóster. Essa ação tem o poder de evitar infecções secundárias e a contaminação das mãos e de objetos pessoais, além de diminuir a irritação local.
Ataduras
Por fim, o uso de ataduras é benéfico tanto para impedir que o paciente toque nas feridas, quanto para evitar o vazamento do líquido contaminado das bolhas. Assim, a recuperação tende a ser mais rápida e segura.
Tome a sua vacina no Laboratório Padrão!
Agora que você compreendeu os sintomas de herpes zóster, não deixe de se prevenir contra a doença. Dessa maneira, o Laboratório Padrão tem à sua disposição a vacina da varicela, que combate a herpes zoster!
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Aqui, sua saúde é nossa prioridade!