Veja o que é tifo e a diferença para febre tifoide
As doenças infectocontagiosas são muito comuns em todo o país e oferecem riscos intensos para a saúde pública. Tratam-se de patologias que têm potencial para causar quadros gravíssimos, inclusive, levar à morte. Uma dessas doenças é o tifo.
Como essas doenças tendem a ser desconhecidas entre a maior parte das pessoas, é importante saber quais são as mais comuns e os métodos preventivos para preservar a qualidade de vida e o bem-estar, sobretudo em relação a esta, que pode ser transmitida por picadas de insetos e tem risco epidemiológico.
Quer saber mais sobre o assunto? Preparamos este post para esclarecer suas dúvidas sobre o tifo! Continue lendo e entenda o conceito, os sintomas, os tipos da doença, como se prevenir e a diferença em relação à febre tifoide! Boa leitura!
O que é tifo?
O tifo é o nome dado a várias doenças infectocontagiosas consideradas agudas e que são causadas pela bactéria do gênero Rickettsias. Após a infecção, o microrganismo se desenvolve nas células do indivíduo, desencadeando sintomas que podem se espalhar rapidamente pelo corpo.
A maioria dos microrganismos causadores de tifo se desenvolvem em animais e é transmitida ao ser humano pela picada de insetos ou pelas fezes. É uma doença que ocorre em todo o mundo, especialmente em regiões com condições sanitárias precárias.
Nesse sentido, as duas manifestações mais conhecidas do tifo são as chamadas endêmicas e as epidêmicas. Veja as diferenças a seguir.
Tifo endêmico
O tifo endêmico, ou murino, é causado pela bactéria Rickettsia typhi e é transmitido por meio das pulgas de ratos e gatos. É um tipo em que os sintomas são mais leves e de menor duração, comum em locais com grande número de animais.
Tifo epidêmico
O tifo epidêmico, ou exantemático, é o tipo mais grave da doença, causado pela bactéria Rickettsia prowazekii, presente nas fezes de piolhos infectados. Os sintomas são parecidos com o da influenza e, em casos graves, podem causar lesões hemorrágicas e complicações como trombose e pneumonia.
Como o contágio acontece?
A transmissão de tifo acontece por meio da bactéria do gênero Rickettsias, presente nos piolhos ou nas pulgas. A infecção acontece após a picada dos insetos, que permite a entrada da bactéria no organismo. Após o período de incubação, surgem os sintomas.
Apesar de os focos de tifo serem notados em todo o mundo, os casos são mais comuns em regiões que não contam com boas condições sanitárias e de higiene. Nesses locais, a transmissão da bactéria pode acontecer com maior facilidade.
Quais são os sintomas?
Os sintomas de tifo podem se manifestar com intensidade diferente, dependendo do tipo de doença e das características de cada organismo. Geralmente, os primeiros sinais começam a surgir entre sete e 14 dias após a picada do piolho ou pulga.
Sendo assim, os sintomas mais comuns são:
- febre alta e prolongada;
- cansaço excessivo;
- dor de cabeça intensa;
- manchas e erupções cutâneas;
- náusea e vômito;
- dor abdominal;
- dor nas articulações;
- tosse;
- dor nas costas.
Todos esses sintomas podem se manifestar de forma única ou combinada, e podem evoluir para quadros graves, sobretudo no tipo epidêmico da doença. Nesses casos, também é possível acontecer delírios, trombose, hipotensão (pressão baixa), pneumonia e outras complicações.
Por esse motivo, é aconselhável procurar ajuda médica ao notar os primeiros sinais, para ter diagnóstico precoce e evitar transtornos. Como os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, a análise clínica é indispensável para preservar a saúde.
Qual é a diferença entre tifo e febre tifoide?
Apesar da semelhança no nome, o tifo e a febre tifoide são doenças totalmente diferentes, principalmente pelo microrganismo causador. Como citamos, o tifo é provocado por espécies da bactéria Rickettsias, que afeta pulgas e piolhos.
Por sua vez, a febre tifoide é uma doença infecciosa causada pela bactéria Salmonella typhi. Sua transmissão acontece pelo contato com alimentos ou água contaminada, e é por esse motivo que é mais comum em regiões com baixo nível socioeconômico e más condições de saneamento.
Os sintomas dessas doenças podem até ser semelhantes, porém, na febre tifoide, é comum a aparição de manchas vermelhas na pele e alteração nos batimentos cardíacos. Por isso, a análise médica é indispensável e deve acontecer logo após os primeiros sinais.
Como é o tratamento de tifo?
O diagnóstico de tifo acontece por meio da realização de exames de sangue, teste de imunofluorescência e biópsia (em alguns casos). Após a confirmação, os médicos analisam o quadro do paciente para indicar os tratamentos apropriados.
Nesse contexto, para o manejo dos dois tipos de tifo, é recomendada a utilização de antibióticos. O objetivo é impedir o avanço da doença e contribuir para minimizar a intensidade dos sintomas, que podem melhorar após três dias.
Para os quadros mais graves de tifo, normalmente é indicado o uso de medicamentos corticosteroides. Além disso, o acompanhamento clínico é mais intenso, devido à possibilidade de ocorrer complicações e outras doenças.
Assim como em toda doença, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, aumentam-se as possibilidades de sucesso nos tratamentos. Dessa forma, quanto mais rápido procurar um infectologista, melhor será para os cuidados e a preservação da saúde de casos mais graves.
Quais são as medidas preventivas?
O tifo, independentemente do tipo, é desencadeado pela infecção bacteriana em consequência da picada de pulgas e piolhos. Sendo assim, é possível estabelecer alguns fatores de risco que elevam as possibilidades de contaminação pela bactéria.
Algumas dessas condições são:
- frequentar áreas com acúmulo de resíduos e falta de higiene;
- frequentar locais em que a doença é endêmica, como ambientes com grande população de roedores e animais.
Nesse sentido, adotar cuidados ao ter contato com regiões que apresentam essas características é uma importante forma de prevenção. Ou seja, essas são situações que exigem maior atenção em relação à higiene pessoal para evitar a contaminação.
Além disso, outros hábitos preventivos relevantes são:
- controle da população de roedores;
- cuidado com a higiene pessoal;
- manter os ambientes com boas condições de higiene.
As medidas sanitárias são a melhor forma de evitar a infecção pelas bactérias causadoras de tifo. O uso de repelentes também é uma boa ação para reduzir a possibilidade de contágio, principalmente ao se frequentar áreas de risco.
Além de todas essas atitudes, é importante fazer o check-up médico regularmente para cuidar da saúde e se prevenir de diversas complicações. Dessa forma, é possível ter o controle do quadro clínico e saber quando se deve adotar hábitos mais saudáveis de saúde.
Por isso, não deixe de procurar um laboratório confiável para realizar seus exames e monitorar de perto a sua saúde. Com esse simples ato, você tem a oportunidade de identificar alterações de forma precoce e impedir o desenvolvimento de doenças.
Como você percebeu neste texto, o tifo é uma doença séria e que pode provocar danos consideráveis à saúde se não houver o devido tratamento. Portanto, invista na prevenção para preservar sua qualidade de vida e evitar agravamentos nos quadros.
Gostou deste post? Agora que entendeu sobre o tifo, o que você acha de conferir outro conteúdo relevante para compreender ainda mais sobre o tema? Leia agora mesmo sobre a febre tifoide!